terça-feira, 5 de julho de 2011

Garota Infernal, de Diablo Cody



"She's a maneater
Make you work hard, make you spend hard, make you want all of her love
She's a maneater
Make you buy cars make you cut cards
Wish you never ever met her at all"

Maneater - Nelly Furtado


Olá! Então, essa semana que passou foi meio "zumbi", fui para a escola de manhã, passei as tardes dormindo e as noites tendo insônia fake. No fim das contas, não fiz nada de útil. Desgraça.
Mas espero melhorar essa situação com mais uma resenha! Mesmo que seja de um livro que eu li no meio do ano passado e que a população meio que já esqueceu (e não é mesmo dos mais memoráveis). Bem, eu pretendo fazer resenha da maioria dos livros que leio e estes, normalmente, não são lançamentos. E às vezes surge um livro com cara de filme B meia-boca cuja "onda" já passou e, mesmo assim, eu insisto em resenhá-lo, só porque... bem, resenhar é divertido. :D

Eis que chegamos a "Garota Infernal"! O livro é uma novelização feita por Audrey Nixon do roteiro de Diablo Cody, a moça que ganhou o Oscar pelo roteiro de "Juno". Então, é um livro baseado em um filme. Quando o trailer do filme surgiu eu achei tããão legal e fiquei toda "oh, céus, preciso ver esse filme!". Mas, o tempo passou, e eu nada de ver o filme. Aí, veio o livro, e eu fiquei toda "oh, céus, preciso ler esse livro!". Além da curiosidade meio trash de ter um livro com a Megan Fox na capa. Sabe, se um dia eu tiver uma biblioteca pessoal gigante dos sonhos, vou poder dizer "ei, sabia que aí tem um livro com a Megan Fox na capa?". E a pessoa vai dizer "f*da-se" "uau, que curioso...".

Eu nunca tinha lido um "livro baseado em um filme" antes e não sei como são os outros, mas com "Garota Infernal" eu tive uma sensação meio que de perda de tempo. Porque, depois, vendo o filme, percebi que ler o livro não me acrescentou praticamente nada. É o filme... sem as imagens. Ok, não sei como colocar isso sem parecer idiota e sem ouvir a vozinha na minha cabeça que diz "dãã, claro, é uma adaptação do roteiro! O que mais você queria??". Não sei bem o que mais eu queria. Acho que talvez uma linguagem um pouquinho mais rebuscada, uma descrição mais bem feita das situações, alguma coisa que realmente justificasse a criação de um livro (além de fazer mais dinheiro, é claro). Eu não me incomodo com linguagem simples, até gosto às vezes, mas em "Garota Infernal" o negócio é extrapolado. Não tem nenhuma (saco, vou ter que usar uma expressão muito idiota) "riqueza literária".

Pois bem, essa foi minha análise do trabalho da Audrey Nixon. Agora, vamos ao da Diablo Cody: a história!
O livro (e o filme... bem, quase tudo que eu falar sobre o livro também serve para o filme) começa com Needy, nossa protagonista, vivendo em um manicômio depois que algo muito, muito ruim aconteceu. Só nesse prólogo, ela (que é a narradora) já nos conta coisas bem importantes e revela a morte de alguns dos personagens principais. Depois de ter um de seus "surtos" de agressividade e dar porrada na nutricionista, Needy vai parar na solitária e de lá ela conta tudo o que aconteceu.

Needy e Jennifer sempre foram melhores amigas, desde criancinhas, com colares de coraçõezinhos escrito "BFF" e tudo, o que era meio surpreendente, pois Needy fazia o estilo nerd e na dela e Jennifer... bem, a Jennifer era a Megan Fox animadora de torcida, super popular e pegava o garoto que quisesse.
Um belo dia, Jennifer chama Neddy para ir com ela ao show do Low Shoulder, uma banda indie pouca conhecida com um vocalista gostoso que despertou o interesse de Jennifer. Apesar de resistir um pouco e de preferir ficar em casa com seu namorado, Chip, Needy acaba cedendo, como fazia com todos os pedidos de Jennifer.

E lá vão elas para Melody Lane, um bar ferrado de sua cidadezinha, ver o show. Antes da apresentação, as duas conversam um pouco com o vocalista, Nikolai, e Jennifer dá suas investidas. Quando a garota se afasta para pegar umas bebidas, Needy acaba escutando uma conversa entre Nikolai e o baixista sobre como Jennifer era uma "princesa metida de cidade pequena, dessas que provocam, mas nunca abrem as pernas". Chocada com o absurdo da conclusão (virgem, Jennifer?? WTF?) e com a babaquice dos rapazes, Needy resolve dar logo um fora neles e mente para "defender a honra" da amiga, afirmando que ela é mesmo virgem.

O show começa, eles tocam a música "Through The Trees", a plateia fica "hipnotizada" pelo som e um incêndio começa. É, do nada, começa um incêndio. Esse incêndio é uma coisa estranha e que pouco faz sentido na história, por motivos que não vou explicar para não dar spoiler. Mas, enfim, tem esse incêndio e o caos se instaura. Talvez essa seja uma das únicas partes do livro com "terror de verdade", com as descrições das pessoas desesperadas tentando sair, caindo e sendo pisoteadas, o som dos ossos quebrando e o cheiro da carne queimando. Brr...




Então, Needy arrasta Jennifer, ainda "em transe", e as duas conseguem escapar. Do lado de fora, Nikolai chama as meninas para o furgão da banda, onde é "seguro". Needy recusa imediatamente, mas Jennifer, doidona, insiste em ir. *Frase de efeito mode: on* As coisas nunca mais seriam as mesmas depois disso... *frase de efeito mode: off*

Ok, fiquei assustada com o tamanho que essa resenha de um livro de 188 páginas está tomando, então, vou tentar ser o mais breve possível.
Mais tarde, aquela noite, Jennifer aparece na casa de Needy, totalmente estranha e coberta de sangue, ela vomita uma gosma preta super nojenta no chão da cozinha da amiga e some na noite (eu disse que tinha cara de filme B meia-boca...).
No dia seguinte, Jennifer aparece na escola, linda e radiante, como se nada tivesse acontecido, para o horror de Needy.
O tempo passa e, enquanto a cidade tenta se recuperar do incêndio trágico que matou um monte de gente, assasinatos misteriosos ahaaam começam a acontecer.

A história, basicamente, é essa. Acho que falar mais já é dar spoiler. Eu gostei da Needy, ela não é cheia de atitude, mas também não é nenhuma otária (na verdade, deve ser a pessoa mais esperta da cidade inteira, por ser a única que saca o que está acontecendo). O Chip, namorado dela, também é fofo. E a Jennifer... olha, ela se encaixa na história, com a proposta e tudo. Isso não é uma resenha do filme, mas tenho que comentar que a atuação da Megan caiu como uma luva, quando a Jennifer aparece no livro, é ela quem você vê.

Mas acho que eu acabei não gostando muito da proposta em si. Veja uma história como "Carrie, A Estranha", por exemplo (ainda pretendo fazer resenha desse livro). A Carrie poderia ser um amor de pessoa, mas acaba tendo que virar um monstro, por conta das condições. Já a Jennifer sempre foi uma vadia superficial com síndrome de Baby Dinossauro.
E agora ela também come gente. Bah... não tem simpatia pelo drama que ela passa ou coisa assim, é só mais "alguém mate essa vadia logo!". Meio sem graça.


Oi, eu sou a Jen. Tem que me amaaar!!!

Também não gostei muito como a história nega fogo e não se decide. Sabe, é uma história sobre assassinatos, mas não morre muita gente (a não ser no incêndio, é claro). E a gente já sabe que a Jennifer é a assassina, então não tem mistério. E, tirando o finalzinho, também não tem suspense.
O único "segredo" é o que diabos aconteceu depois que ela entrou no furgão da banda, mas isso também não é grande coisa, nem é tão surpreendente.

Como última reclamação, tenho que falar dos diálogos. Sério, foi essa mesma mulher que escreveu o roteiro de "Juno"?? Ela resolveu fumar um baseado antes de escrever "Garota Infernal"?? A Diablo, que parecia entender tão bem o universo adolescente, resolver começar com um monte de forçação de barra e tentativas de aumentar o humor. As conversas entre o Chip e a Needy são até boas e normais, mas as "tiradas" da Jennifer são quase todas um saco e os comentários dos coadjuvantes estudantes da escola não têm nada a ver com nada.

Mas, no geral, dá pra se divertir com "Garota Infernal", tanto livro quanto filme. É só não levar muito a sério e, com certeza, não esperar um terror muito pesado. A "cachoeira que não dá em lugar nenhum" é bem legal (e existe mesmo!), a Needy é uma boa protagonista, diferente das que a gente vê normalmente (que costumam ser "a fodona" ou "a otária"... Needy é mais normal) e a parte final é bem interessante e triste. Sério, com essa a Diablo me surpreendeu pela coragem.

Na comparação livro x filme, fico com o filme. Empolga mais, tem mais gore e a trilha sonora é muito boa. Mas acho que o livro não é totalmente descartável, e é legal para vermos as coisas totalmente pelo ponto de vista da Needy e sabermos o que ela pensa. Se me acrescentou alguma coisa, foi isso. E se você gostar muito, muito do filme, acho que vale a pena.

Ainda não desisti dos livros baseados em roteiros, e queria muito comprar "A Garota da Capa Vermelha", cujo filme eu ainda não vi. De qualquer forma, vai ser legal ter um livro com a Amanda Seyfried na capa, para deixar ao lado de "Garota Infernal" e ver se ela e a Megan retomam a amizade. xD

Fiquem com o trailer do filme:



See ya o/

6 comentários:

Karol (Blog Miss Carbono) disse...

Não li o livro "Garota Infernal" e nem sei se leria, pq já vi o filme e se o livro é baseado no filme então... Já vi tudo.

Quando li a sinopse de Garota Infernal achei que ia ser uma droga mas não é que gostei do filme? Certo, não vai ganhar um Oscar mais é bem divertido xD

Realmente, a Megan Fox se encaixa perfeitamente no papel, parece que ela é mesmo uma pessoa egoista e 'do mal' (será? haaha)
Não compararia com Carrie, a estranha por que acho Garota Infernal mais puxado para a comédia - se não foi essa a intenção da Diablo Cody então fail pq ri muito com esse filme - mas gosto da "Carrie" também: Não li o livro mas já assisti um monte de versões para o cinema (a primeira versão é melhor, a proposito.)

Ri imaginando vc colocar a capa de "A garota da capa vermelha" do lado da capa de "Garota Infernal" para a Meg e a Amanda 'conversarem' hauahauaaa

teh mais

Anônimo disse...

Oi Marcela!
Quase comprei este livro, mas mudei de ideia, senti que não valeria á pena! Adoro o filme, mas sem querer dá palpite:)... Poderia ser uma história mais empolgante, né? O tema e as personagens eram bons, mas faltou alguma coisa!

Unknown disse...

Já vi o filme e pelo que vi o livro não deve ser muito bom. Achei o filme uma piada. Sério, ri mesmo de tudo aquilo, porque achei sem sentido, sem terror, mais para uma comédia.

Gostei muito da sua resenha, acho que ela serve como uma luva para o filme também.

Beijos!!

Carissa

Unknown disse...

Humm!!!

Tenho um amigo super fã dessa séria.
Vou acabar lendo, mas vou demorar um pouquinho ainda pra ler!
Tenho tanta coisas aqui.
*Suspira, senta no chão e chora*

ahsuahusha

Bjinhos
Psiu!
Silêncio Que Eu To Lendo

Nathália Zabel disse...

Eu tive a infeliz idéia deler o livro depois do filme, fluiu bem rápido porque de verdade não tem nada que acrescente muito ao filme.
Eu já não gostei muito da Needy justamente por ela ser muito normal, como você falou, mas de fato ela acaba sendo muito inteligente. Mas acho que ela podia ter se revoltado mais cedo e não só quando mexem com o namorado dela.
Eu adorei o filme, não acho que a Diablo mandou tão mal como você falou hewoifhaweof como você mesmo disse Jen era uma vadia superficial, o que acaba a tornando numa personagem totalmente sem cérebro. ahieofw
Mas concordo com você de preferir o filme, como não consegui imaginar nada extra lendo o livro, o filme também me empolgou mais.
Beijo!

Marcela G. disse...

Então, Miss, tb acho "Garota Infernal" bem comédia, e é divertido mesmo, apesar dos defeitos. Sério, quero muito comprar "A Garota da Capa Vermelha", vai ficar lindo junto com "Garota Infernal" hahahaha
E acho q o livro só vale a pena se vc tiver amado o filme de paixão e quiser ter o livro na coleção, se não, vc já viu tudo mesmo ;)

Concordo, Sarita, tinha tudo p/ ser bem bacana, mas acho q alguma coisa ficou pelo caminho!

Obrigada, Carissa, o filme e o livro são mesmo muuito parecidos, e tb achei q o terror foi bem fail xD

Clícia, tb to cheia de coisa p/ ler, o problema é q mesmo assim eu não consigo parar de comprar! xD

É verdade, Nathália, o livro não acrescenta quase nada ao filme. Gostei da Needy ser mais normal pq não é muito comum nos livros/filmes, mas ainda prefiro as protagonistas estilo "badass" haha
Vc tem razão, agora me ocorreu q foi besta ela só ter tomado atitude mesmo quando a Jen começou a ameaçar o guri, mas, enfim, pelo menos ela sacou alguma coisa xD
E, pois é, nessa comparação o filme vence o/

Beijos

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