sexta-feira, 27 de maio de 2011

Top 5: Seriados do antigo Disney Channel


Olá! Como prometido, aqui está mais um Top 5 (apesar de que com um MEDONHO pequeno atraso). O tema desta semana é baseado total e magicamente nas minhas memórias de infância (ooh, eu não disse que seria meigo?).
Porque, nem todo mundo lembra, e tem gente que nem sabe, mas, antes do Disney Channel ser dominado por Hanna Montana, High School Musical e outros seres esquisitos, ele era uma graça. Era mesmo. Tá bom, talvez eu tenha essa impressão porque era a minha infância, mas eu consigo me imaginar facilmente vendo hoje em dia os seriados que eu via no canal aos 7 anos, e não posso dizer o mesmo de grande parte da programação atual...

Quando o Disney Channel surgiu, foi um tanto especial, porque era a primeira vez que eu via um canal infantil surgir. Conhecia o Cartoon Network, o Nickelodeon, o (extinto) Fox Kids e o Discovery Kids desde... bem, sempre! Eles já estavam lá quando eu nasci.
Mas, o Disney Channel, eu peguei do início. Passei o dia inteiro assistindo quando estreiou, fosse o programa que fosse. Sério. Foi suuuper saudável (mas eu me diverti pacas).

Então, aqui está a lista dos seriados que alegravam minhas noites no ano de 2001 (é... acho que era esse o ano... hum... tenho quase certeza...), exibidos no Zapping Zone, que na época era apresentado pelo Robson (ainda o vejo bastante no "canal do cliente" da Sky), pela Celly, pela Monalisa e pelo Felipe Aaukay. E tinha a "empadinha zz", os especialistas... bah, eram bons tempos.
Oh, malditos devaneios, vamos logo à lista:


5) Amor Fraternal (Brotherly Love)



O nome parece ser de novela mexicana, mas essa série de 1995 (sim, no Disney Channel passavam uns negócios velhos...) era super legal! Contava a história de três irmãos, Joey, Matt e Andy, que tocavam uma oficina ao lado de sua mãe/madrasta (é que ela era mãe dos dois últimos e madrasta do primeiro). Joey era o mais velho, rebelde e gostosão, o Matt era o do meio, nerd e germofóbico e Andy, o pirralho, era uma gracinha. Também era legal porque os garotos são irmãos na vida real - mas não eram bem que nem os Jonas :P 
Durou só duas temporadas, mas Joey Lawrence ficou relativamente famoso por mais alguns seriados, o mais recente é o "Melissa & Joey".
E a música de aberura dominava totalmente meus pensamentos!!! ficava na minha cabeça enquanto eu estava na escola...




4) Gênio do Barulho (Smart Guy)



Mesmo com uma trama tão clichê - família tem que lidar com moleque gênio - essa série era muito divertida. T.J. Henderson, com 10 anos de idade e Q.I. de 180, é transferido para o primeiro ano do ensino médio, o que serve de ponto de partida para as confusões, trapalhadas e outros termos de Sessão da Tarde que acontecem durante a série. O T.J., mesmo sendo um garoto-gênio, o que normalmente significa irritante, era muito fofo e simpático. Também tinha o Marcus, o irmão mais velho e menos inteligente, a Yvette, a irmã esperta e batalhadora (e diva, adorava a Yvette!), o Mo, melhor amigo bobão do Marcus (ria litros com as cenas dos dois) e Floyd, o pai viúvo e sábio.
Durou pouco tempo, também, mas ganhou seu espaço no hall dos seriados memoráveis da minha infância.




(também acabei achando uma participação da Ashley Tisdale na série. Presságio?? O.o)


3) Mano a Mana (Even Stevens)


Ok, o negócio é o seguinte: o Shia LaBeouf pode virar galã de Hollywood, estrelar dezenas de produções milionárias e ficar BFF do Spielberg, mas, pra mim, ele SEMPRE será Louis Stevens!!! Era por esse nome que eu o conhecia antes de ele ganhar a visibilidade que tem hoje, e, confesso, ainda me impressiono ao ver como o guri de "Mano a Mana" foi longe.
A série contava a história de Louis, um garoto pentelho que sempre arrumava alguma confusão e que adorava infernizar a vida de sua estudiosa irmã mais velha, Ren. Os dois também tinham um irmão mais velho, Donnie, e seus pais eram ainda mais atrapalhados do que os filhos. Tinha um humor meio pastelão, não era tão "realista", mas, ainda assim, era bem legal. Ganhou um filme para a tv em 2003. E a abertura era fofa.




2) Lizzie McGuire


"Pode apostaar... o nosso plano é demais... deixa rolaar... senão você vai ficar pra trás..."
Infelizmente, não consegui achar a abertura da série em português, então, vou ficar sem mostrar essa adorável canção grudenta (pra ter uma noção do quanto ela é grudenta, acho que faz 6 ou 7 anos que não a ouço e ainda lembro bem da letra!). Hoje a Hillary Duff é uma estrela, atua, canta e, recentemente, até inventou de escrever (estou curiosa sobre o resultado disso), mas, naquela época, ela era só a Lizzie, uma garota de 13 anos lidando com os problemas da adolescência e enfrentando o desafio de crescer. Os outros personagens eram os pais, Matt, o irmão mais novo problemático, Kate, a ex-amiga e atual bitch da escola (para qualquer bitch que eu conhecer, na vida ou na ficção, sempre terei Kate como referência), Ethan, o bonitão burro, e os amigos, Miranda e Gordo (que é secretamente apaixonado por Lizzie, e não é gordo - o nome é apelido de Gordon).
O mais legal mesmo era a Lizzie versão desenho, que aparecia para mostrar os pensamentos da Lizzie "real". Teve um filme em 2003, do qual, er, eu não gosto muito. Mas a série, eu amava. *-*





1) O Mundo é dos Jovens (Boy Meets World)


Um merecido primeiro lugar. Agora, parando para analisar, percebo que essa foi uma das primeiras séries que eu amei de verdade, de rir e chorar, me apaixonar pelos personagens, me identificar com eles e essas coisas bonitas. Foi tipo um "pré-Friends", "pré-Seinfeld" (não que Seinfeld faça chorar muito - tirando, é claro, aquele episódio da última temporada com os melhores momentos do elenco), "pré-Grey's Anatomy", enfim, pré-qualquer seriado que eu tenha amado desde então. Contava a história de Cory Mathews, seu irmão, Eric, seu melhor amigo, Shawn e sua namorada, Topanga (apesar de eles não terem começado a série como namorados), além de outros personagens que foram surgindo, e do Sr. Feeny, o professor mais badass da tv. Nas primeiras temporadas, eles são pirralhos e passam por situações mais leves e cômicas, apropriadas a suas idades. Depois, vão crescendo e os problemas ficam mais complexos. Da lista, é a série que mais durou (sete temporadas) e fez sucesso. É realista, sensível, divertida e tem uma das cenas de encerramento mais bonitas ever (*lágrimas nos olhos*).
Eu queria mesmo ver essa série de novo.
Bem, todas elas, na verdade. xD





Bem, é isso para a sessão nostalgia o Top 5 de hoje.
See ya o/

P.S.: Ficaram de fora alguns seriados que eu amo de paixão, como "Sinistro" (So Weird), mas que, provavelmente, surgirão no blog em alguma outra hora.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Opúsculo - a paródia, de The Harvard Lampoon


"She wants to touch me, whoa oh
She wants to love me, whoa oh
She'll never leave me, whoa oh whoa oh oh oh"
Don't Trust Me - 3OH!3


Hello! Depois de um tempinho afastada da blogosfera por causa da equação vestibular+gripe+preguiça from hell, eis que estou de volta com mais uma resenha. E também para pedir desculpas pelo Top 5 não ter saído sexta passada, mas amanhã ele estará aqui, meigo e gracioso, e espero não atrasar mais com essa bagaça.

Para começar a falar de "Opúsculo - a paródia", primeiro tenho que resumir brevemente minha relação com "Crepúsculo". Bem, the thing is: acho que é ruim, mas não a maior porcaria do mundo. Li o primeiro para conhecer, o segundo para tentar ir até o fim da saga (esse troço de "saga Crepúsculo" sempre me faz rir litros xD) , mas ainda não consegui encarar o terceiro e o quarto. Talvez eu os leia, um dia. Para desencargo de consciência.

Mas eu acho mesmo impressionante como uma história tão trash acabou fazendo um sucesso tão grande. Ou se, há alguns anos, você ouvisse a frase "a trama é sobre uma menina songa-monga que se apaixona por um vampiro que brilha no sol", você não acharia que se parece mais com um roteiro de filme B escrito por um maconheiro do que com um fênomeno mundial? Eu acharia. Na verdade, ainda acho.

Talvez eu não deteste "Crepúsculo" porque o li em uma época em que eu não tinha muita coisa com o que comparar. É triste, mas, aos 14 anos, minhas leituras se resumiam a Goosebumps e três (só TRÊS!) livros do Harry Potter. Então, o simples fato de que eu estava lendo alguma outra coisa, já era bom o suficiente. Por isso, mesmo cheio de defeitos (protagonista insuportável, personagens mal construídos, falta de história, vampiros cintilantes e outras coisas estranhas), "Crepúsculo", para mim, ficou parecendo mingau. Mingau não é a pior comida do mundo, mas praticamente não tem gosto. Sabe? Você come quando não tem nada melhor para comer, não ama, não odeia, é só... mingau.

*Momento já-que-estou-aqui-vou-viajar-um-pouco*: acho que "Crepúsculo" seria mais legal se a Stephenie não tivesse inventado de chamar suas criaturas de "vampiros", porque de vampiros eles só tem... bem, na verdade, nada. Tá, eles bebem sangue. De animais. Eu como carne de animais, mas não acho que isso faça de mim uma vampira. Ficaria melhor se Edward e cia. fossem... "elfos alternativos". Eu acho que fica muito mais fácil de imaginar um elfo alternativo que brilha no sol, bebe sangue de Bambi e vive numa casa de vidro no meio da floresta do que um vampiro fazendo essas coisas... mas aí, provavelmente, não faria tanto sucesso, além de reclamarem que ela destruíu a mitologia dos elfos, então, deixa pra lá...

Encerrando essa parte de "Crepúsculo e eu - a história não contada", antes que eu comece a divagar sobre lobisomens marombeiros, vamos logo ao que interessa.
Com o sucesso da saga (aah, é legal demais!) mundo afora, logicamente, surgiram elas: as amadas e odiadas paródias.

A que ganhou mais visibilidade, provavelmente, foi aquele filme "Os Vampiros que se Mordam", que eu ainda não assisti, mas, depois de conferir o trabalho da dupla de torturadores cruéis diretores e roteiristas, Jason Friedberg e Aaron Seltzer, em "Super-Heróis - A Liga da Injustiça" (só de escrever o nome desse bagulho, lembro da dor da perda daqueles 87 minutos que JAMAIS recuperarei...), estou mais para "não, obrigada". Mas, talvez, um dia, eu acabe vendo. Ora, nunca diga nunca, não é mesmo? Não é mesmo...?



Provavelmente, a única situação em que eu veria "Os Vampiros que se Mordam"

No campo da literatura, o destaque ficou por conta de "Opúsculo - a paródia", uma brincadeira de 142 páginas que começa bem legal, mas, da metade em diante, vai perdendo o fio da meada. E perdendo feio.

A, hã, história: uma garota chamada Belle Goose muda-se da ensolarada Phoenix para a fria e nublada cidadezinha de Switchblade, para morar com seu pai. Na escola, ela conhece o isolado  e não tão misterioso Edwart Mullen, um rapaz nerd que, depois de alguns acontecimentos, leva-a a crer que é um vampiro - apesar de não ter nada, absolutamente NADA que faça uma pessoa normal chegar a uma conclusão dessas sobre o moleque.

Belle Goose é o retrato perfeito do que seria Bella Swan sem as tentativas (quaqua, fail) da Stephenie Meyer de torná-la uma personagem simpática. Chata pra caramba, um pouco menos monga e arrogante até o talo, Belle acredita que a preocupação maior de Switchblade inteira é saber mais sobre ela. Algumas das melhores partes do livro são as em que a moça, à partir de algum comentário totalmente aleatório de um menino, fantasia que ele está apaixonado por ela. Acho que isso é muito mais realista do que os garotos todos realmente babando por um ser com toda a sensualidade e carisma da Bella...

*Trecho retirado da página 16*:

"Quando o sinal tocou, o rapaz ao meu lado previsivelmente voltou-se para mim e começou a falar.
- Com licença - ele disse, esperando que eu me apaixonasse por ele ou algo assim. - Sua mochila está no meu caminho.
Eu sabia. Ele era totalmente o tipo 'sua mochila está no meu caminho'."

O Edwart, bem, ele não tem muito a ver com o Edward, mas como um garoto esquisito e nerd que acaba entrando no jogo de uma garota maluca que acha que ele é um vampiro, para que ela continue interessada por ele, ele é até um tanto fofo. Só um tanto. De certo modo.

Todas as cenas em que zoam de forma inteligente algum dos absurdos de "Crepúsculo" são bem divertidas, e chegam até a brincar com os vícios de escrita forçados e exagerados da Stephenie.
Mas, infelizmente, o livro também tem defeitos e não são poucos. O maior deles é o excesso de nonsense. Enquanto algumas piadas se encaixam na trama, outras surgem do nada, sem o menor motivo de existir, não são engraçadas, nem divertidas, só bizarras, como quando a Belle faz uma raspadinha gigante (!!), ou as mudanças na descrição física do Edwart. 

O mais estranho acontece perto do final, quando parece que os caras esquecem que estão parodiando "Crepúsculo" e começam praticamente a contar uma história independente. Sei lá se alguém faz questão de não saber como isso termina, mas, como eu faria (hihi, realmente detesto spoilers), não vou revelar nada demais aqui, e só dizer que a zona generalizada começa mais ou menos à partir da cena do cemitério.

Outro problema grave é que, se você não tiver lido "Crepúsculo", provavelmente não vai achar graça nenhuma. Não basta ter visto o filme ou saber o básico da história: a maioria das piadas é sobre coisas bem específicas, detalhes que só são marcantes para quem leu. Isso é um master fora bem comum hoje em dia. Mas, você vê, o Tarantino, por exemplo, enche os filmes dele de referências, e, se você entendê-las, ótimo, mas, se não entender, não prejudica em nada a diversão! 

Bem, no fim das contas, "Opúsculo - a paródia" é um livro... legalzinho. Inho, inho.
Acho que tem gosto de sopa que, diferente do mingau, tem um pouco de sal, mas também não é grande coisa.
Algumas piadas boas não compensam por várias piadas idiotas e, zoação de "Crepúsculo" por zoação de "Crepúsculo", ainda tem muito vídeo amador no youtube que faz melhor.

That's all, folks.
See ya o/

 




quinta-feira, 19 de maio de 2011

(500) Dias com Ela: Que seja infinito enquanto dure


Hello! Bem, eu estive pensando, este pequeno blog já tem quase um mês de existência (own, meu bebê *-*) e sabem o que ainda estava faltando?

*Eu sei, eu sei!*
Sim, moça na primeira fileira, pode falar!
*Uma resenha de fiiilme!!!*
Excelente! Produção, arrumem um brinde para ela!
(depois eu não sei por que me chamam de esquizofrênica...)

Mas, er, enfim, é isso mesmo, uma resenha de filme. O que é meio estranho já que, por mais que eu seja louca por livros, os filmes foram meu primeiro amor, desde os primórdios, quando nem a literatura nem a música importavam muito.

Resolvi, então, começar por um dos meus filmes favoritos. Pelo menos, é minha comédia romântica favorita. "(500) Dias com Ela" (ou "(500) Days of Summer", trocadilho legal que obviamente morre no título nacional) é a história sensível, realista, divertida, triste, envolvente e complicada dos 500 dias de amor e ódio entre Tom Hansen (Joseph Gordon-Levitt) e Summer Finn (Zooey Deschanel).

Tom, apesar de ser formado em Arquitetura, trabalha numa empresa que produz cartões (pra datas comemorativas e shit like that). É lá que ele conhece Summer, a nova assistente de seu chefe. Sentindo-se atraído pela moça desde o início, ainda mais depois de descobrir que ela gosta de The Smiths (realmente, isso é um fato que sempre faz aumentar a atração de uma pessoa pela outra, pelo menos pra mim *-*), o rapaz passa a se aproximar cada vez mais dela, até que, ta-dah, eles estão em um relacionamento. O problema: Tom está perdidamente apaixonado. E Summer não quer nada sério e nem acredita em amor verdadeiro.

"To die by your side is such a heavenly way to die..."


A história dos dois não é mostrada em ordem cronológica. No comecinho do filme, o namoro já está terminado e Tom está super deprimido. Depois, volta no tempo para mostrar como eles se conheceram, e segue com essas idas e vindas temporais, alternando entre momentos felizes e melancólicos, trocas de carinho e brigas, praticamente como se fosse um mosaico da relação.

E é uma relação linda de se acompanhar. Juras de amor eterno podem ser muito bonitas quando bem feitas (quando são mal feitas e exageradas ficam um porre...), mas tem algo de especial em conversas simples entre os membros de um casal sobre o que eles tem em comum, ou sobre as coisas que eles contam um para o outro e para mais ninguém, e no mundinho de brincadeiras e piadas internas que eles criam para si (atenção - épica cena da loja de móveis). São algumas das demonstrações de afeto que eu mais gosto de ver, e dão uma receita tão gostosa! Felizmente, ao contrário de muitos romances, "(500) Dias com Ela" não erra a mão no açúcar. 


Outra coisa que eu adoro no filme é a criatividade. A cena do "musical da felicidade" que o Tom protagoniza depois da primeira noite de amor com a Summer já é clássica, com o povo dançando animadão pela cidade, assim como a da "expectativa vs. realidade". Até as animações que aparecem para marcar os dias dão um toque especial, uma sensação de algo único.

E o elenco, bem... o elenco é excelente. Joseph Gordon-Levitt é um rapaz garboso, estranhamente parecido com o Heath Ledger, do qual eu sempre gostei, desde outra ótima comédia romântica, "10 Coisas que Eu Odeio em Você", e do seriado "3rd Rock From the Sun" (alguém lembra disso?? Era sobre um grupo de ET's que vivia infiltrado entre os humanos xD). Ele faz do Tom um personagem gente fina e carismático e, mesmo com seus defeitos, é muito fácil simpatizar com ele.
A Zooey Deschanel é uma moça um pouco overhypada, mas, ainda assim, gosto dela. Acho que ela tem seus altos e baixos como atriz (um robô teria se saído melhor do que ela em "Fim dos Tempos"), mas a Summer, com certeza, é um dos altos. Sabe quando o ator ou atriz se encaixa no papel, tão bem que é difícil imaginar o personagem na pele de outra pessoa? É o caso da Zooey com a Summer. Ela conseguiu ser tão adorável quanto detestável, fazer o público enxergar a Summer com todas as virtudes e problemas que o Tom vê nela.
Além dos dois, também tem o elenco de apoio, com os amigos engraçados do Tom, o chefe "ex-marido da Old Christine" e a Chloe "Hit Girl" Moretz, como a irmazinha fodona.



Também não posso deixar de mencionar a química que os protagonistas têm entre si. É uma coisa tão natural e bem fluída que você chega a acreditar que eles são um casal de verdade e estamos invadindo a sua privacidade, fazendo parte de sua história.

O final é um caso de ame ou odeie. Eu, particularmente, amo.
E nem vou me aprofundar muito na questão "Summer é uma bitch ou não?". Eu acho que não, mas vejam e tirem suas próprias conclusões!

"(500) Dias com Ela" não é um filme sobre um amor maior que a vida e as montanhas que ele move, é um filme sobre um amor que faz parte da vida e as pessoas que ele afeta, com tudo de bom e de ruim que tem a oferecer.



Bem, acho que é isso. Minha missão de fazer a primeira resenha de filme está cumprida e já é hora de eu me recolher. Deixo vocês com dois vídeos:

O primeiro é o "Cinemash Sid and Nancy", uma brincadeira (infelizmente sem legendas) que provavelmente tem mais graça e sentido para quem viu o filme, mas como é muito foda e vale a pena ser visto de qualquer jeito, vou colocar aqui - e não se preocupem, não tem spoilers do filme (mas não veja se você não quiser saber o que aconteceu com Sid Vicious e sua namorada Nancy...).



O segundo vídeo é o bom e velho trailer:




See ya o/

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Top 5: Músicas bizarras para ouvir na sexta-feira 13



Olá! É nesta sexta-feira 13 chuvosa (pelo menos no Rio...) que eu começo o "Top 5". Minha intenção é ter um "Top 5" com um tema diferente toda sexta-feira, porque o Rob Gordon, de "Alta Fidelidade", me ensinou a amar listas dos "cinco mais" e, desde então, viciei em criá-las e ver as que outros criam.
Sobre o tema desta semana: eu não realmente acredito em qualquer "maldição" sobre a sexta-feira 13, mas é fato que, de ontem até a manhã de hoje, o Blogger teve um troço, entrou em manutenção, quase me enlouqueceu e fez um monte de gente perder posts.
Sim, claro, deve ter sido uma mera coincidência... mas é quase inevitável pensar na sexta-feira 13 nessas horas!

Desde o início da semana eu estava pensando em fazer uma lista relacionada a esse dia, então pensei primeiro nos "5 melhores filmes para ver numa sexta-feira 13", só que, por mais que eu ame filmes e livros de terror (já deu pra notar? xD), ficaria entre os mais clássicos e meus favoritos de estimação e mal saberia por onde começar.
Aí, acabou surgindo a ideia das músicas... e eu achei mais legal! Porque, se tem uma coisa que existe aos montes, é música bizarra... (apesar de não achar que as pessoas se preocupam em ouvir músicas especiais na sexta-feira 13)

É importante lembrar que a sexta-feira 13 não é uma data exatamente assustadora e temática, como o Halloween, e, na verdade, é mais pra bizarra, estranha, surpreendente... por isso, não espere encontrar nessa lista Lady Gaga, Marilyn Manson ou qualquer um que faça músicas e clipes intencionalmente bizarros. A graça aqui é ver quem estava tentando ser pop e normal mas, apesar de fazerem sucesso, acabaram conseguindo criar pequenas aberrações, verdadeiros acidentes de sexta-feira 13.
Sem mais encheção de linguiça delongas, vamos à lista:

5) Mickey - Toni Basil



Ouvi essa música pela primeira vez no filme "Teenagers - As Apimentadas". Se você já viu, sabe do que eu estou falando: aquela música grudenta from hell que o elenco todo canta no final. Na verdade, é uma música de 1982 (cover de outra, de 1979), cantada por essa moça que depois não fez mais sucesso, a Toni Basil. Na boa, essa mulher me dá um pouco de medo. As caras e bocas que ela faz no clipe, a coreografia exótica, a idade claramente avançada para usar uma roupa de cheerleader (#StacyeClintontecondenam)... e, afinal de contas, quem diabos é Mickey??? Para ter uma noção do quanto essa música é bizarra, a Xuxa fez uma cover dela. É. A XUXA.
Letra e tradução.



4) Enrosca - Sandy e Júnior



Essa música é a única representante nacional da lista. Porque, se eu for incluir músicas como "Rebolation" e "Minha mulher não deixa não", simplesmente não vai ter espaço para mais nada! A cultura de músicas bizarras no Brasil é vasta e magnífica, e cada clássico incluído significa outro deixado de fora. Por isso, escolhi uma, apenas uma, baseado em um sonho que tive essa semana, em que Sandy e Júnior tinham voltado a se apresentar juntos e Júnior tinha feito uma operação de mudança de sexo. Enfim. Também porque é bizarro ter uma música deles em que só o Júnior canta, deixando a Sandy mostrar seus dotes de atriz de filme mudo. E porque, mais perturbador do que o Júnior cantando, só o Júnior pagando de gostosão. São tantas caretas, figurinos, tentativas de dancinha, maneirismos, efeitos especiais toscos e um esforço desesperado para parecer cool... e é uma cover de uma música do Fábio Jr. Sem mais.





3) Whip My Hair - Willow Smith




Eu poderia deixar o gif acima explicar por si só o que essa música tem de tão bizarro, mas vou ser chata e comentar um pouco. Uma sala cheia de pessoas apáticas. Eis que surge uma menina segurando um som e com o cabelo em forma de coração. O suspense é instalado. Sua mensagem de mudança de vida? "I whip my hair back and forth, I whip my hair back and forth!" Eu admito, eu gosto desse clipe. É tão colorido e o início sempre me faz rir. Sem falar nas coreografias estranhas de cabeças sendo sacudidas para cabelos serem jogados. E, como uma boa música bizarra, ela gruda na cabeça.
Letra e tradução.




2) Total Eclipse Of The Heart - Bonnie Tyler



Essa é uma das mães das músicas bizarras, nem tanto pela música em si, melosa e bem estilo balada anos 80, mas pelo clipe. Oh. Céus. O que é esse clipe? Eu AMO esse clipe. É totalmente trashilicious *-*. Eu não sei se os realizadores eram gênios da comédia incompreendidos ou pessoas com ideias bem distorcidas de drama. Na letra, a diva Bonnie Tyler (sem sarcasmo; ela É diva!) diz coisas como "às vezes eu fico um pouco solitária, e você nunca está por perto" e "às vezes eu me sinto um pouco cansada de ouvir o som das minhas lágrimas" e "e eu preciso de você essa noite, e eu preciso de você mais do que nunca". Sabe, ela não diz nada como "à cada passo que eu dou no corredor uma coisa mais estranha acontece em cada sala que tem a porta aberta pelo pé perfeitamente visível de alguém vento do além" ou "agora surgem os ninjas, agora são os jogadores de futebol americano". Porque é isso que acontece no clipe, e eu não faço ideia de onde tiraram essas coisas. Pra ser justa, os "olhos brilhantes" realmente são mencionados na música.
Letra e tradução.

Clique no link abaixo para ver o clipe, porque a sexta-feira 13 está atacando de novo...
http://www.youtube.com/watch?v=lcOxhH8N3Bo


E, finalmente, o primeiro lugar...

1) Friday - Rebecca Black






Aaah, um final previsível! Afinal, hoje é sexta, sexta, e temos que curtir a sexta! Pra falar a verdade, faz pouco tempo que eu ouvi falar nessa moça com 137 milhões de acessos no youtube, o que faz com que 137 milhões de pessoas já tenham zoado ela antes de mim, mas não posso evitar, é mais forte do que eu. Todo mundo compara ela ao Justin Bieber, mas o Bieber é só... irritante. A Rebecca Black é hilária! Sem a menor intenção de ser, mas é! Ao contrário do "Total Eclipse Of The Heart", ela narra EXATAMENTE o que está acontecendo no clipe, o que faz com que música e vídeo andem de mãos dadas pela estrada da bizarrice tosca. A necessidade da menina de ter sua tigela de cereal, os amigos tããão maneiros, a dúvida que a consome sobre se sentar no banco da frente ou de trás, ignorando o fato de só ter um assento vago no carro e que o motorista é um garoto de 13 anos, então, provavelmente, todo mundo vai morrer antes de chegar ao destino mesmo, a garota fazendo a "mão de golfinho", as amigas totalmente lost, o mano do hip hop fazendo cara de quem tá curtindo muuuito a música, a demonstração intelectual ao afirmar que ontem foi quinta, hoje é sexta, amanhã é sábado e domingo vem depois...
Parece que é ruim assim de propósito. Mas fazia tempo que eu não ria tanto com uma música ou com um clipe.
Letra e tradução.





That's all, folks.
Curtam o fim da sexta-feira 13!
See ya o/

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Orgulho e Preconceito e Zumbis, de Jane Austen e Seth Grahame-Smith

 
"Turn the tables with our unity
They're neither moral nor majority
Wake up and smell the coffee
Or just say no to individuality

When we pretend that we're dead
When we pretend that we're dead
They can't hear a word we've said
When we pretend that we're dead"
Pretend We're Dead - L7

Hello! A resenha de hoje é do adorável "Orgulho e Preconceito e Zumbis", mas, antes da análise propriamente dita, uma pequena justificativa sobre a escolha da música do trecho acima (é mais ou menos relevante, sério!).
Para quem não sabe, L7 era uma banda de rock só de mulheres que esteve em seu auge no início dos anos 90, quando, entre outras coisas bonitas, saíram em turnê com o Nirvana e criaram uma fundação chamada "Rock for Choice", que defendia os direitos e liberdades civis da mulher (agradeço à dona Wikipedia pela última informação). Ou seja: elas eram bem girl power. E sabe quem também era bem girl power? Jane Austen, ora!

Ok, vou admitir logo: eu nunca li nenhum livro da Jane (pelo menos, nenhum sem a presença de criaturas comedoras de cérebros...) e isso é uma das minhas "vergonhas literárias" - tenho uma quantidade tristemente razoável delas - que pretendo curar em breve. Mas li resenhas e comentários suficientes sobre o trabalho dela para entender que a moça gostava de usar ironia sutil para apontar as, perdoem-me a falta de delicadeza, babaquices da sociedade de sua época. Até em "Orgulho e Preconceito e Zumbis" isso é notável. Assim como também é notável que ela criou uma protagonista que tem opinião própria e fala o que pensa, numa época em que mulheres deviam apenas ser bonitas, prendadas e agradáveis, muitas vezes, até mesmo, praticamente, hã... se fingir de mortas.

Há! ufa, já tava demorando pra finalizar a maldita relação... Enfim, se fingir de morto, zumbis, girl power... achei que "Pretend We're Dead" tinha tudo a ver com "Orgulho e Preconceito e Zumbis". Na verdade, acho que se a Jane fizesse parte de uma banda grunge dos anos 90, ela faria uma música assim, mas como andam inventando histórias demais com ela ultimamente, é melhor não dar ideia...

Agora sim, vamos à análise. Não é que eu esteja dizendo que a presença dos zumbis seja "ooh, uma metáfora para os problemas sociais da época", nem nada. Por favor, why so serious?? Mas uma coisa eu digo: os zumbis se encaixam na história.

Quando ouvi falar no livro pela primeira vez, achei que seria uh-te-re-rê-zoação-tá-tudo-liberado!, com zumbis. E isso já pareceu bom o suficiente para dar uma chance. Ah, meus queridos zumbis *-*

Só que acontece que não é bem assim. Na verdade, não é nada "uh-te-re-rê". O livro foi feito de um jeito que parece que os zumbis sempre existiram na história, a presença deles faz sentido e você chega a acreditar que Elizabeth Bennet nasceu para ser uma chutadora de traseiros de não-mencionáveis. Esse cuidado para que tudo ficasse bem encaixado e para que a história de "Orgulho e Preconceito" fosse contada não só apesar dos zumbis, mas usando-os à seu favor, demonstrou habilidade e respeito à obra original. E ficou muito mais legal do que uma simples zoação insana!

You go, Lizzy! Kick some ass!


Porém, não deixa de ser, sim, uma sátira, e mesmo que tenha "Orgulho e Preconceito", também tem sangue, cérebros devorados, membros decepados, ninjas (sim, NINJAS! Como se zumbis não fossem bons o bastante, também tem NINJAS!), lutas e outras novidades que podem ser bem indigestas para muitos fãs da história original.
Nesse aspecto, o livro é mesmo um tanto problemático, porque o inverso também pode acontecer! Quer dizer, se a criatura for atrás do livro só pelo gore e pelas bizarrices, pode quebrar a cara ao se deparar com uma boa quantidade de cenas "comuns" e diálogos extensos. Com certeza NÃO é um livro recomendável para qualquer um, mas isso não quer dizer que não tenha muita gente que goste. Eu, particularmente, achei divertidíssimo: uma boa história clássica, um romance lindo, Elizabeth, Sr. Darcy, zumbis sanguinários... só coisas que eu amo! :D

Ok, um breve resumo da trama. É praticamente a mesma de "Orgulho e Preconceito", exceto pelo fato de que, algumas décadas antes de quando a história começa, uma estranha praga, que faz os mortos voltarem à vida como seres violentos famintos por cérebros, apareceu na Inglaterra e, desde então, nunca mais foi embora, tornando os zumbis parte do cotidiano. Isso, por si só, eu achei interessante, porque histórias de zumbis costumam mostrar o caos do surgimento das criaturas, o chamado "dia Z", e ainda são poucas as que mostram pessoas lidando com zumbis uma vez que eles já são parte do dia-a-dia.

Enfim, é nesse cenário que se encontra a família Bennet, composta pelo pai, o divertido Sr. Bennet, a mãe, a neurótica maluca, insuportável Sra. Bennet e as cinco filhas: Jane, Elizabeth, Mary, Kitty e a também insuportável  Lydia, todas muito bem treinadas no combate contra os não-mencionáveis (é, é assim que costumam chamar os zumbis).
Eu adorei essa coisa das garotas terem sido treinadas na China e da Elizabeth ser uma guerreira até meio Beatrix Kiddo, de Kill Bill, honrando sempre os ensinamentos de seu mestre - que, pelas descrições dos treinamentos, se parece demais com Pai Mei.

A Sra. Bennet continua sendo obcecada por ver suas flhas casadas e, diante de algo tão sério e preocupante quanto os ataques de zumbis, isso se torna ainda mais irritante. Numa sacada bem esperta, explica-se que seu nervosismo começou na juventude, desde o primeiro surto da praga, e que ela só conseguia obter consolo se apegando a tradições que agora pareciam supérfluas para outros.
E, para a animação total da Sra. Bennet, chegam na história o rico e bonito Sr. Bingley e sua comitiva para ocupar Netherfield Park (ganha um doce quem adivinhar o triste fim dos ex-moradores da propriedade...), comitiva esta que inclui o ainda mais rico e bonito Sr. Darcy. Sr. Darcy é um mito. Ele faz mulheres suspirarem desde o século XIX. Sua trajetória de aparentemente arrogante, para misterioso e complexo e, por fim, chegando a ser simplesmente adorável, faz dele um personagem rico e interessante. E, para mim, que sou chegada em homens com o dom de exterminar zumbis, ele ficou ainda mais hotilicious *-*

A relação de Elizabeth com Darcy é uma delícia de se acompanhar, porque se separados os dois já são personagens ótimos, juntos eles travam os melhores diálogos e trocas de farpas, além de, depois, momentos fofos/constrangedores. Pois é, não é mais só o embate entre duas pessoas teimosas, uma preconceituosa e a outra orgulhosa; as duas também são exterminadoras de zumbis!


aww *-*


Após a chegada da comitiva Bingley em Netherfield Park (perceba que minha narração da trama já está totalmente caótica...), ele não demora a dar um baile, e nesse baile as coisas não dão muito certo, tanto entre Elizabeth e Darcy quanto para os convidados desafortunados que estavam perto demais das janelas, e por aí a história segue, indo pelo caminho do original e incrementando com as "liberdades poéticas".

Bem, como eu já disse, foi uma leitura bem divertida, e além de ter bastante ação e alguns momentos hilários (a Charlotte zumbi é épica!), também aumentou meu vocabulário com as expressões rebuscadas comuns em romances antigos - e isso é uma coisa rara de se dizer de um livro.
Não é preciso ler o livro original antes para curtir esse - eu não li. Mas, para ser sincera, fiquei feliz de ter visto o filme de 2005, só para ter uma ideia do que esperar e ter com o que comparar.

Falando em filme, a versão cinematográfica de "Orgulho e Preconceito e Zumbis" está em desenvolvimento e tem previsão de lançamento para 2013. Aparentemente, a Elizabeth será interpretada pela Natalie Portman (yay, Natalie! *-*), o que eu acho uma boa, já que ela tem essa beleza de filme de época e se parece um pouco com a Keira Knightley .

Outros mash-ups de Jane Austen surgiram, Seth Grahame-Smith escreveu "Abraham Lincoln - Caçador de Vampiros" e "Orgulho e Preconceito e Zumbis" ganhou uma prequel, "Pride and Prejudice and Zombies: Dawn of the Dreadfuls" e uma sequência, "Pride and Prejudice and Zombies: Dreadfully Ever After", ambas escritas por Steven Hockensmith. E tudo isso está na minha wish list (apesar de desconfiar de que a prequel e a sequência de "Orgulho e Preconceito e Zumbis" devem ser um tanto trash...).

Finalizando, não é um livro para todos os gostos, nem para todos os estômagos, mas se você achar que é o tipo de coisa que te agrada, dificilmente vai se decepcionar. Agora estou com vontade de ler o livro original, além dos outros da Jane Austen, afinal, se Elizabeth Bennet é uma heroína badass que mata zumbis, é porque, primeiro, Jane fez dela uma heroína badass.

E fiquem com um souvenir para as fãs do Sr. Darcy, principalmente minha querida prima, Amanda, que leu o original e me deixou olhar de vez em quando para comparar enquanto eu lia "Orgulho e Preconceito e Zumbis", e que ama essa cena...



See ya o/

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