*Conversa entre Marcela e sua consciência blogueira*
Consciência: Então... essa é o quê, a terceira semana que você não faz Top 5?
Marcela: Hum... *conta debilmente nos dedos* é... acho que é isso, sim.
Consciência: E isso não te incomoda?
Marcela: Ah, claro que incomoda, mas, você sabe, tem que ter criatividade, não quero fazer qualquer...
*Consciência interrompe rudemente*: Então, isso aqui virou a festa do caqui?? Não tem mais Top 5, não tem mais resenha, só tem você tagarelando sobre o vestibular, a ressaca, escrevendo medonhas conversas esquizofrênicas... acha isso bonito??
Marcela: *longo silêncio* "Festa do caqui"? Sério?
Consciência: Ah, vá à m*rda!
Marcela: Depois da senhora.
*Marcela realmente espera que medonha conversa esquizofrênica não tenha feito o leitor desistir de ler a resenha*
Olá! Apesar de parecer que eu enlouqueci de vez, na verdade, estou entrando nos eixos de novo, enfim. Quanto ao Top 5: acho que é melhor fazer da criança uma seção quinzenal. Assim eu não preciso ficar dando desculpa toda semana eu tenho mais tempo para pensar nos temas e o blog não fica "aglomerado" de Top 5.
Mas, chega de enrolação, vamos à resenha de hoje, que serve como "encerramento oficial" para toda essa bagunça insana de vestibular/estresse/pressão/ressaca pelo menos, por enquanto. E de bagunça insana e ressaca, esse filme entende.
Já comentei por aqui como eu estava com vontade de ver esse filme. Quando o trailer do primeiro "Se Beber, Não Case!" surgiu, eu fiquei tipo: "puutz, mais uma comédia idiota e sem graça...". Fiquei um bom tempo sem ver o filme. Aí, eu fui ouvindo/lendo vários comentários positivos e comecei a me animar. No fim das contas, aluguei o DVD ano passado e, bah... amei. Amei mesmo. Não era idiota (pra mim, "idiota" e "absurda" são coisas diferentes) e muito menos sem graça. Eu simpatizei muito com os três protagonistas desmemoriados e ri litros com as confusões em que eles se meteram por Las Vegas em sua busca pelo integrante desaparecido. Para quem não conhece, um resumo simplório da trama do primeiro filme: quatro amigos vão para Las Vegas para a despedida de solteiro de um deles e, no dia seguinte, três deles acordam em um quarto de hotel detonado sem fazer a menor ideia do que aconteceu na noite anterior e, pior: o noivo sumiu.
Uma coisa que eu gostei muito, tanto nesse, quanto na sequência, é que o filme não tenta passar nenhuma lição de moral. Às vezes, quando uma comédia tem um temática um pouco mais infantil (como "O Mentiroso", do Jim Carrey), eu até entendo umas liçõezinhas de moral aqui e ali, mas, em filmes da linha de "Se Beber, Não Case!", isso fica ridículo, e ainda bem que escapam dessa: se alguém aprende alguma coisa com esse filme (personagens e público) é que a vida foi mesmo feita para ser curtida.
"Fuck the police!"
Tá aí a explicação para a frase no título do post. "Por Um Rock And Roll Mais Alcoólatra e Inconsequente" é o nome de uma música do Rock Rocket, uma banda nacional (jura? Pelo título da música, achei que fosse portuguesa :P) legal que fez mais sucesso há poucos anos. Achei que tinha a ver com "Se Beber, Não Case! Parte II", apesar de não ter muito rock na trilha sonora (que, mesmo assim, é muito boa).
De qualquer forma, lá fui eu, ontem, para o cinema, com toda a animação que não tive com o primeiro filme. E, bah... amei também. Ok, não tem como negar, nem como fugir da armadilha: é muito mais um remake do primeiro do que uma sequência. Até porque o primeiro terminava muito bem, sem gancho para continuação. Mas, se é um remake, é um como mais remakes deveriam ser: cheio de coisas que incrementam e melhoram a trama do original e sem perder a essência. Além de ser super legal! Para falar a verdade, eu veria essa sequência de qualquer jeito, só porque eu estava com saudade do Phil, do Stu e do Alan. Sério, eu poderia ver um seriado sobre eles. xD
Bem, SEM spoilers deste ou do primeiro filme (exceto o de que eles acabam achando o noivo, porque, afinal, ele aparece neste também), vamos à história.
Desta vez, é Stu (Ed Helms) quem vai se casar, na Tailândia (país de origem da família de sua noiva). Assim, com suas respectivas esposas, Phil (Bradley Cooper - hotilicious *-*), Doug (Justin Bartha, o noivo do original) e Alan (Zach Galifianakis), viajam para lá, apesar deste último só ter sido convidado a pedido de sua família (ele é cunhado de Doug).
O começo é meio fraco, com o clichê do "pai da noiva que não gosta do futuro genro" e uma piada estendida por um tempão de que Alan não vai com a cara do irmão da noiva, Teddy (Mason Lee), já que ele "não faz parte do bando de lobos".
Mas, cena vai, cena vem, Stu, ainda traumatizado pelos eventos do primeiro filme e determinado a ter um simples brunch como despedida de solteiro, acaba aceitando tomar umas cervejas com os caras em volta de uma fogueira, só por alguns minutos, mais por insistência da noiva para que ele se divirta e que pede para eles levarem Teddy (que tem 16 anos e já está na faculdade de Medicina!) junto, já que o moleque nunca sai.
É o que basta para o caos se instaurar mais uma vez.
Na manhã seguinte, Phil, Stu e Alan acordam em um quarto realmente trash (o outro era um quarto luxuoso, só estava detonado), descobrem que estão em Bangcoc, que Alan teve a cabeça raspada, que Stu tem uma tatuagem na cara, que Doug foi para o hotel mais cedo e está bem, que eles não lembram de nada do que aconteceu e que Teddy está desaparecido.
Ah, e que tem um macaco no quarto. Pelo menos, não é um tigre. :P
A partir daí, é aquela coisa: o pânico e desespero dos protagonistas durante sua busca frenética, agora, na parte pobre de uma cidade cuja língua eles não falam e tendo que enfrentar uns problemas bizarros bem mais graves do que os da primeira vez. Tudo, é claro, antes que chegue a hora do casamento.
Vou logo mandar os pontos negativos. Um deles eu nem sei se chega mesmo a ser um ponto negativo, mas é a repetição de elementos do primeiro filme, em detalhes mesmo, como o possível sequestrador (agora na pele de um Paul Giamatti tão gordo que eu até assustei), pessoas levando porrada quando estão distraídas, pistas encontradas nos bolsos, o "número musical" do Stu e outros afins. Mas isso não me incomodou muito. Sei lá, essas coisas são legais, acho que estão muito entranhadas com "Se Beber, Não Case!" para o filme ser feito sem elas. Já uma coisa que me incomodou um pouco foi a apelação. Se no primeiro quase não tinha baixaria, nesse apelam para algumas piadas escatológicas e partes íntimas à mostra (para todos os, hã, gostos). Nada contra sacanagem, mas é um sinal de que não conseguiram manter um nível de piadas inteligentes o tempo inteiro. Até a própria presença do macaco como "bicho engraçado" é forçadinha. Se aqui implicaram com os macaquinhos ladrões de "Rio" (como se eles fossem ladrões por serem brasileiros, e não por serem, hum, MACACOS e ser isso que os símios fazem :P), imagino o que dirá a população de Bangcoc sobre um macaco que trafica e fuma O.o.
"Oh, it's a monkey!"
Mas isso é muito pouco para tirar o mérito da obra (ooh, "obra", que chique). Apesar de reclamar do macaco, confesso que o bicho é mesmo engraçado (tenho vontade de rir só de olhar pro gif acima xD) e o filme tem muitas cenas hilárias. O ritmo é ótimo, a ação nunca pára e o suspense está presente mais uma vez, afinal, o que terá acontecido com Teddy? Como terão os amigos sido drogados de novo? Oh... *musiquinha de mistério*
O elenco é maravilhoso e continua muito bem entrosado. Eu vi o Zach Galifianakis pela primeira vez no "Tru Calling" (acho estranho eu estar comentando sobre esse seriado de novo...) e não fazia ideia de que o gordinho que fazia um personagem tão certinho na série podia ser tão engraçado! Eu passo mal com as tiradas e trejeitos do Alan, ri litros com a cena em que ele tenta segurar o choro depois de uma pequena tragédia. Ed Helms, o Stu, também está impagável (apesar de que foi meio difícil me acostumar a vê-lo com todos os dentes), me identifico com qualquer um que tenha o hábito de soltar cômicos gritinhos agudos diante de uma situação desesperadora. E o Bradley Cooper também está lá, carismático e gostoso, e o Phil continua Pollyanna (sempre vendo o lado bom/divertido das coisas) na medida do possível, mesmo as coisas estando mais hardcore.
Também tenho que mencionar o Ken Jeong como o Mr. Chow, muito mais engraçado do que no primeiro filme.
No fim das contas, "Se Beber, Não Case! Parte II" obviamente não tem aquele sopro de surpresa bem-vinda do primeiro, mas ainda tem a magia (acho essa palavra tão brega e fofa *-*) e com certeza vale a pena ser conferido. No conjunto da obra, o original é melhor, mas achei que as confusões deste fazem as do primeiro parecerem light.
Para encerrar esta resenha monster, alguns comentários: quem foi o gênio que teve a ideia de traduzir "The Hangover" ("A Ressaca") como "Se Beber, Não Case!"?? E depois surgiu um filme chamado "Hot Tub Time Machine" que traduziram como... "A Ressaca"!!! Eu, hein...
Enfim, como eu nem sempre tenho a chance de resenhar filmes que são lançamentos, vou aproveitar e dizer logo: os interessados em passar umas duas horinhas divertidas pacas, corram para o cinema! E, quem não viu o primeiro, corra para a locadora! Tenho que concordar com o pessoal que disse que é uma das comédias mais legais dos últimos tempos.
Finalmente, declaro encerrada a semana da ressaca e instalada a "normalidade" (aham...) neste blog! Eeeh \o/
Fiquem com o trailer:
See ya o/
5 comentários:
AAHHH, Se Beber Não Case!! *o* (Bradley Cooper! *o*)
HAIEUHAOEIHAIOEUHAE -QQ
Olha, não li a tua resenha, mas não foi por querer, e sim porque eu primeiro preciso assistir o filme, HOAIUEHOAUIE. Quando eu assistir, venho aqui comentar!
Beijos.
Não assisti esse filme ainda mas já me falaram que é muuito engraçado xD
Respondendo seu outro comentario lá no blog, nunca ouvi falar de "Na companhia dos lobos". É antigo ou novo?
teh mais
Ooi, Marcela! HAIOUEHA, já comentei lá no meu blog: não foi por medo de spoilers que não li a sua resenha, mas foi por não querer ver nada sobre o filme antes de assisti-lo mesmo. E você não foi chata, não se preocupe. XDD
Beijos!
Fiquei com vontade de assistir, tbm gosto dessas versões macabras de contos de fadas rss
Vou ver se acho na net ^^
ah, também assistia A Usurpadora, aliás, acho que assisti essa novela umas 2 vezes (por causa das várias reprises durante a tarde )
Teh mais
Acho q eu já respondi todos os comentários nos respectivos blogs, mas vou responder aqui tb mesmo assim xD
Dani, tudo bem, eu evito ler algumas resenhas por isso tb, mas veja o filme, sim, é bem legal! ;D
Miss, se vc tb gosta de contos de fadas macabros, vale a pena procurar o "A Companhia dos Lobos". E "A Usurpadora" era muito legal, hahaha, uma das melhores novelas mexicanas xD
Beijos
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