sábado, 4 de junho de 2011

A Terra das Sombras, de Meg Cabot


"I'm being haunted by whisper
A chill comes over me
I've been trapped inside this moment
I'm not a victim, I'm not a freak"
Somebody Help Me - Full Blown Rose

Olá! Eu sei, eu sei, esta semana não teve resenha e, infelizmente, não vai ter Top 5. As coisas por aqui andam caóticas e eu estou à beira de lose my freaking mind. O motivo: primeira prova do vestibular no dia 12. Sim, no Dia dos Namorados, o que não me incomoda (#encalhadafeelings), mas pode ser bem cruel para alguns. Esse pessoal é impiedoso :P
Enfim, isso quer dizer que semana que vem o blog vai ficar deveras abandonado (na verdade, o abandono meio que já começou...), mas é por uma boa causa, e depois vou entrar numa ressaca de estudo feliz e curadora de olheiras, com filmes, livros, seriados, músicas, biscoitos e posts mais frequentes.
Ainda vou explicar as coisas melhor em um lindo post tapa-buraco.

Mas o fato é que ainda tem resenha para postar, e é a do primeiro livro (de seis) da série "A Mediadora", da Meg Cabot, que ela escreve sob o pseudônimo de Jenny Carroll.
A música do trecho no início era a música tema do seriado "Tru Calling", que era legal, e foi cancelado em pouco tempo. Apesar da Tru, protagonista do seriado, ter um "dom" um pouco diferente do da Suzannah, protagonista do livro (a Tru trabalhava num necrotério e recebia pedidos de ajuda dos cadáveres, quando isso acontecia, o dia recomeçava e ela tinha que salvar a tal pessoa), achei que a música tinha a ver com a história.

O livro "A Terra das Sombras" foi a primeira, e até agora única, coisa que eu já li da Meg Cabot (apesar de ter gostado bastante do filme "O Diário da Princesa" quando era pequena), e, se o resto da série e os outros da Meg forem tão legais quanto, acho que posso me juntar ao coro e dizer que a mulher é diva. Além de parecer uma pessoa muito simpática.

A imagem que abre o post é a capa da antiga edição nacional, que eu acho mais fofa do que a nova, e é a que eu tenho. Mas aconteceu-me a tragédia de ter comprado o livro com a capa antiga e depois só encontrar o resto da série todo com a nova. Resultado: a coleção parece um monstro de Frankenstein na prateleira.

Infortúnios à parte, vamos à resenha. A história começa quando Suzannah Simon, uma nova-iorquina de 16 anos, se vê obrigada a se mudar para Carmel, na Califórnia, depois que sua mãe arruma um novo marido, que ainda vem com três filhos, os quais Suzannah "carinhosamente" apelida de Mestre, Dunga e Soneca.

A família vai morar em uma linda casa na colina (isso tá parecendo sinopse de filme de terror...), grande e com vista para o mar. Tudo muito bem, obrigada, a não ser, é claro, por um detalhe: é uma casa velha. É uma casa muito velha. E Suzannah não gosta nem um pouco de construções antigas.
Isso é porque ela é uma mediadora, ou seja, ela vê gente morta com que frequência? O tempo todo, segredo que esconde de todos os seus conhecidos, exceto seu pai. Afinal, ele também é um fantasma. Quanto mais antiga a construção, mais gente passou por lá, e, provavelmente, morreu por lá, ou tem assuntos inacabados relacionados ao lugar. A missão de Suzannah como mediadora é ajudar os fantasmas na passagem para o além, seja resolvendo esse assuntos quando possível, seja chutando seus traseiros até as portas do outro mundo quando não vão de boa vontade.

Chegando na casa, não dá outra: mal Suzannah põe os pés em seu novo quarto e ela dá de cara com Jesse, o fantasma de um rapaz de origem latina... que, por caso, é totalmente hotilicious.
Depois do choque inicial, muito mais da parte de Jesse, eles começam uma discussão, já que Suzannah quer mais que ele dê o fora, enquanto Jesse não está nada a fim de abandonar o lugar onde esteve "vivendo" por mais de um século.
Como ele não parece representar nenhum perigo aos vivos e não fica no quarto o tempo todo, Suzannah meio que deixa essa situação por isso mesmo. Além do mais, os problemas de verdade começam quando ela chega ao colégio.

A primeira surpresa é que, em um lugar jurássico como o Colégio da Missão, não tem nenhuma alma centenária rondando os corredores. Acontece que o diretor, padre Dominic, também é um mediador (ooooh!!), e já "limpou" a área. Primeiro eu pensei que o padre Dom seria aquele tipo de personagem mala, mas, depois, saquei que ele faz o tipo Dumbledore, só que sem toda a moral. É um senhor bem simpático.

No entanto, o colégio tem, sim, um fantasma assombrando-o: Heather, uma garota que se matou após ser abandonada pelo namorado popular, Bryce.
Heather é mimada, chata e teimosa, quer o garoto de volta de qualquer jeito e não está nem um pouco interessada em ir para o além. Mas, em sua raiva e frustração, não tem receio algum em mandar outros para lá...

Essa, basicamente, é a trama. Eu gostei muito do livro, em primeiro lugar, porque adorei a Suzannah. Ela é durona e feminina ao mesmo tempo (eeh, viva os personagens multi-dimensionais! \o/), sarcástica e gente fina (quando não está lidando com fantasmas, é claro).
Também me identifiquei com ela, tanto em alguns aspectos da personalidade, quanto nessa coisa de ter que deixar sua adorável cidade cinzenta para morar em uma nova e ensolarada (Nova York e Carmel no caso da Suze, SP e Rio no meu).
E achei a coisa mais linda quando ela e o Dunga jogaram Cool Boarders! Cool Boarders é um videogame de snow board que eu achava que só eu conhecia, e é muito legal, porque você não tem que completar missões ou salvar o mundo, é só surfar na neve e esquecer da vida! Desculpem, mas é um dos jogos da minha infância e não acreditei quando vi o nome no livro, tinha que fazer esse comentário. :D


Cool Boarders is soooo cool *-*


Os outros personagens também são ótimos. O padrasto, Andy, e a mãe dela são muito legais e os "novos irmãos" são bem engraçados. Soneca (A.K.A. Jake), o mais velho, ganhou o apelido por sua lerdeza, sempre com sono por causa da carga de trabalho + colégio, mas, no fundo, tem bom coração, ao que parece. Dunga (A.K.A. Brad) é o do meio e é totalmente idiota (resumo justo, trust me) e Mestre (A.K.A. David) é o mais novo e inteligente, sempre quer impressionar a Suze e é uma graça.
 Adorei os amigos que ela faz na escola, Adam e Cee Cee. Ri litros com alguns comentários deles, achei muito legal que eles parecem adolescentes de verdade, consegui me imaginar com meus amigos tendo conversas parecidas com as que eles têm no livro.
E tem o Jesse. Ah, o Jesse... ele é divertido, inteligente e hot e não tem problema nenhum em brigar com a Suzannah de vez em quando. Os dois formam uma dupla ótima, parece que ficariam muito fofos como casal, mas é legal vê-los como "parceiros no crime".

É muito bom ver um YA sobrenatural sem mimimi pra variar (não que eu não goste de romance, esse livro tem romance, o que eu não gosto é quando o açúcar se apodera da história como uma bolha comedora de gente) e estou ansiosa para ler as continuações, que vão ganhar resenhas ilustradas com as capas novas (é, meu blog vai ficar Frankenstein que nem minha prateleira! u.u).

Bem, é isso. Não é um livro com ação ininterrupta (na verdade, o bicho pega mesmo na metade), mas também não tem enrolação, é uma leitura ágil e gostosa, em que tudo tem motivo para acontecer.
E, para fechar essa confusão das capas, fiquem com a MEDONHA capa britânica (aliás, no Reino Unido os livros da série tem títulos diferentes dos do resto do mundo) para olhar pelo bright side of life e ver que a situação sempre poderia ser pior...



What the f...??

See ya o/




3 comentários:

Anônimo disse...

Até agora só li o 1º e 2º volume da Mediadora (era um livro 2 em 1, super barato na livraria)! Suze arrasa e Jesse é muy hermoso! Fiquei sabendo que já foram lançados todos os livros da série em edições de bolso! Quero comprar, pois, as edições da GR são caras! E esta capa britânica é bizarra, parece livro de auto ajuda.
Boa sorte na prova!
Tchau.

Karol (Blog Miss Carbono) disse...

"Isso é porque ela é uma mediadora, ou seja, ela vê gente morta com que frequência? O tempo todo..." kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Não aguento, dou muita risada com as suas resenhas =P

Nunca li essa série mas está na lista por que a maioria das pessoas fala bem e por que (claro) eu tenho que tomar vergonha na cara e ler Meg Cabot - só li "O diário de princesa" mas faz muito tempo e eu nem lembro se esse livro é dela, de tanto tempo que faz. Mas adorei Diario de princesa então acho que vou gostar de outros livros da autora =P

Me senti num tunel do tempo quando vi a imagem de Cool Boarders: Eu AMAVA esse jogo! ahuahauhauah altas pontuações, muito vício hehe.

Respondendo seu comentário lá no meu blog, O Ritual é legazinho, concordo com vc que a maioria achou que ia ser mais assustador e por isso não gostou tanto. Mas assista pelo Colin, é isso ai o/
Também não achei muita coisa "O exorcismo de Emily Rose" (tipico caso em que o trailer é mais interessante que o filme) mas até que é legalzinho: graças a ele descobri que 3 horas da manhã é um horario "do mal" hauahuaha

E, para terminar esse comentário gigante (pra variar rss) o filme que assisti antes foi "O buraco". Não aquele que a moça tranca todo mundo, um outro com o mesmo nome. Não é que o filme seja extremamente assustador mas é que tem um boneco de palhaço que me assustou muuuito Morro de medo de palhaços e de bonecos, agora imagina eu vendo um boneco de palhaço hauahuah Enfim, me deu mais medo que O Ritual, é mais legal do que parece =D

Boa sorte no vestibular,

teh mais

Daniele Tem Pass disse...

Adorei a resenha, haha! Tenho esse livro, só que na capa nova. Imaginei que ia ser bem difícil conseguir a coleção inteira com a capa velha.

E viva os YAs sobrenaturais sem mimimi! \o/
Eu gosto de romance, mas tem que ser uma coisa sensata. Como você falou, começa a ficar muito açucarado e já me dá náuseas.

Beijos.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...